segundo o Dicionário Silveira Bueno (2007, p. 442), interface é a “integração de sistemas independentes ou grupos diversos, abrangendo dispositivos, regras e/ou convenções pelos quais um componente de um sistema ou grupo se comunica com o outro”.
ambos
campos tem como finalidade a politização do indivíduo. Fazendo com que o
profissional seja fundamental no início da intervenção, porém sendo este,
dispensável gradativamente pelo sujeito na medida em que se
auto-conhece-afirma-avalia, possibilitando o empoderamento, a autonomia e
autoria de sua história de vida.
método dialético, que
definido por Koner (2006) se refere a três grandes leis estabelecidas por
Engels. A primeira dispõem sobre o fato de que, as coisas ao mudarem, não mudam
sempre no mesmo ritmo, depois, que tudo tem a ver com tudo, ou seja, os
diversos aspectos da realidade se entrelaçam, causando uma interdependência,
estabelecendo que as coisas opostas criam uma unidade pela luta dos contrários,
não podendo existir um sem a sua negação. A terceira e ultima lei, dá conta do
fato de que o movimento geral da realidade faz sentido, não é absurdo, não se
esgota em contradições irracionais, nem se perde na eterna repetição do
conflito entre tese e antítese, prevalecendo com isso a síntese, ou seja, a
negação da negação. Cabe ressaltar, que tais regras são um importante marco,
mas não definem a dialética, haja visto que o próprio método está fundamentado
na mudança e numa concepção de mundo segundo a qual tem sempre algo novo.
Aqui
é acrescentado os demais pontos onde fica possível estabelecer conexões entre a
psicopedagogia o lazer:
- Pessoal: busca responder às necessidades do indivíduo;
- Social: permite a inclusão em grupos, comunidades e movimentos;
- Político: atuar como autor e de maneira ativa de sua vida e
escolhas;
- Sublimação: fim em si, satisfação por realizar a ação e não em seu
resultado;
- Saúde e qualidade de vida: desenvolvimento físico, cognitivo,
social e afetivo.
o
ser que não-aprende possa criar meios de realizar sua aprendizagem,
evidenciando que a aprendizagem/conhecimento é algo a ser elaborado
internamente para fazer parte do sujeito.
a origem etimológica da palavra lazer tem origem do latim licere/licet, termos criados pela civilização romana
para designar ser licito, ser permitido, poder, ter o direito (GOMES, 2003 apud
TORRINHA, 1937; FERREIRA, [s.d.]).
era oferecido pelos imperadores e cônsules em Roma, são estes grandes espetáculos para a população desfavorecida, tendo como finalidade despolitizar o povo, reduzindo-o a mero espectador de programas com conteúdo duvidoso de sua qualidade.
era oferecido pelos imperadores e cônsules em Roma, são estes grandes espetáculos para a população desfavorecida, tendo como finalidade despolitizar o povo, reduzindo-o a mero espectador de programas com conteúdo duvidoso de sua qualidade.
Temos
assim dois estágios dentro da mesma sociedade, e que ainda atualmente, vemos
comunidades em transição ou com características apenas de um desses estágios. O
primeiro diz respeito as comunidades tradicionais, marcadamente rurais, onde
havia (em alguns casos no Brasil ainda há, ao menos uma mescla de traços em
algumas localidades específicas) uma separação entre as varias esferas da vida
do homem. O local de trabalho ficava próximo ou nas dependências da residência,
a produção estava ligada ao núcleo familiar, tendo uma “hierarquia” que
obedecia a ordem natural do tempo/idade. Tinha o trabalho frequentemente
interrompido pelas conversas, acompanhado por cantos e acompanhava o ritmo
natural. Sendo o ícone dessas sociedades o mutirão/festa, onde há a maior
“confusão” entre trabalho e festa, não havendo o binômio trabalho/lazer.
O segundo estágio, marcadamente
urbano, tornando o trabalho um claro divisor social, além de torná-lo cada vez
mais especializado e fragmentado. O ritmo á mantido pela máquina e por um tempo
mecânico, afastando as pessoas da convivência nos grupos primários (familiares)
e despersonalizando as relações, obrigando as pessoas a fazerem parte de grupos
variados e sem ligações uns com os outros, dificultando a identidade individual
e grupal, podendo até gerar com isso transtornos psicóticos. “As ações se
desenvolvem como na gravação de um filme, onde os ‘atores’ participam de cenas
estanques, sem conhecer a história de seus personagens, cenas essas frequentemente
interrompidas para serem retomadas em sequencia totalmente diferenciadas”
(MARCELLINO, 1983, p. 21).
Na atualidade, o
lazer ganha um significado bastante diferente da Antiguidade Clássica, sendo
hoje uma questão de cidadania e participação cultural. Esta por sua vez é compreendida
como “atividade não conformista, critica e criativa de sujeitos historicamente
situados”, “(...) uma das bases para a renovação democrática e humanista da
cultura e da sociedade, tendo em vista não só a instauração de uma nova ordem
social, mas de uma cultura” (MARCELLINO, 1996, p.4). O lazer é então, fruto de
uma sociedade urbano industrial, que, dialeticamente incide sobre si como
geradora de novos conceitos que a contestam intra e interclasses sociais.
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